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  • Foto do escritorGuilherme Cândido

Festival do Rio 2017 | Dia 6

Seguindo a maratona cinéfila do Festival do Rio 2017, confira as críticas para os filmes deste sexto dia da edição.



120 Batimentos Por Minuto (França)


Crônica forte sobre um momento sombrio da humanidade, o novo filme do cineasta marroquino Robin Campillo (que também escreveu o ótimo Entre os Muros da Escola) não tem medo de entregar-se de corpo e alma à sua mensagem altruísta, ao mesmo tempo em que desafia o conservadorismo.


Funcionando como retrato fiel de uma época onde a AIDS matava implacavelmente, o filme em nenhum momento se distancia de sua proposta realista ao apresentar seus personagens como seres humanos vulneráveis, mas dispostos a dar um sentido ao pouco que resta de suas vidas, cujo fim é iminente.


Investindo num romance que jamais soa gratuito, o roteiro oferece uma história honesta, crua e humana, onde a enérgica montagem contribui para a criação de uma atmosfera inquietante, resultando numa obra não só tecnicamente elogiável, como historicamente relevante.


NOTA 8,5



Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha (Reino Unido)


Judi Dench é daquele tipo de atriz capaz de elevar o nível de qualquer produção.


Assistí-la em cena é testemunhar uma grande artista trabalhando, oferecendo um privilégio que não deve ser desprezado, dada sua idade avançada.


Sua performance é capaz de compensar um roteiro problemático e com um tom indeciso e que demonstra desespero na tentativa de fazer graça.


Felizmente, nos momentos de ternura entre a Rainha Victoria e seu confidente, o filme ganha energia e parece estar próximo de um nível que jamais faz jus, afinal. Uma pena, portanto que o experiente cineasta Stephen Frears não perceba que a interação entre Dench e Ali Fazal é muito mais interessante do que o conflito que surge das diferenças sociais entre o típico forasteiro e a aristocracia britânica.


NOTA 7



How to Talk to Girls at Parties (Reino Unido)


Concebido como uma psicodélica “viagem” de LSD, o filme, através da direção de John Cameron Mitchell, mostra como seria um longa-metragem caso o roteiro fosse escrito sob efeitos de drogas alucinógenas.


O resultado é uma loucura anarquista (refletindo bem o cenário Punk Britânico) que jamais deixa de ser divertido através do bom humor das situações apresentadas (méritos do diretor, que soube lidar com a insanidade) e a boa química do elenco, o que compensa eventuais excessos narrativos.


Porém, além de toda a maluquice de sua trama, o que mais salta aos olhos é a amalucada atuação de Nicole Kidman, na pele de uma típica Punk e que evidencia sua versatilidade.


NOTA 6,5

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