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  • Foto do escritorGuilherme Cândido

Festival do Rio 2017 | Dia 8

Seguindo a maratona cinéfila do Festival do Rio 2017, confira as críticas para os filmes deste oitavo dia da edição.



Las Olas (Argentina/Uruguai)


Coprodução Uruguai-Argentina, As Ondas (em tradução literal) possuía uma premissa intrigante e curiosa, mas graças a um roteiro pouco inspirado, transforma-se numa divagação pouco interessante, com problemas sérios de ritmo e uma narrativa sem nuances.


Desafiando os limites da suspensão da descrença através de elementos inacreditavelmente deslocados, a produção pode ser comparada a um ônibus com destino a um lugar paradisíaco, mas que logo após a partida depara-se com um atoleiro, onde por mais que se movimente, jamais sai do lugar.


NOTA 3




Bio (Brasil)


Ao final de Bio, só conseguia pensar numa questão: Como pôde um filme tão medíocre como este conquistar o prêmio mais importante do Cinema Brasileiro?


Ora, convenhamos, estruturado como um falso documentário, de acordo com os inúmeros depoimentos (preguiçosamente dirigidos) o tal protagonista teve uma vida profundamente pacata, para não dizer enfadonha.


Portanto, o que justificaria investir numa história incapaz de envolver? Pois a montagem até faz um esforço para conferir dinamismo à cansativa dinâmica das entrevistas, porém, assim como o risível prólogo e as interferências que apresentam os “capítulos” da vida do inominado protagonista, tudo soa repetitivo e a produção, além de não perceber, ainda aparenta orgulhar-se de uma suposta sofisticação.


No final das contas, Bio só merecerá elogios por conseguir um Kikito com um orçamento tão limitado quanto suas qualidades.


NOTA 3,5


The Villainess (Coreia do Sul)


Misturando Nikita, Hitman e o conterrâneo Old Boy, The Villainess é um filme de ação que não se deixa levar por devaneios, já iniciando a projeção com uma sequência em primeira pessoa que antecipa ao espectador o que está por vir.


Adotando um estilo que mantém a câmera sempre muito próxima dos atores, a ação ganha energia também através da montagem ágil e dos elaborados movimentos de câmera, que, cada vez mais arrojados, mantém o espectador colado na poltrona, com destaque para aquele sensacional onde passamos por dentro da roda de uma moto durante uma perseguição.


Já o roteiro surpreende ao apresentar uma trama manjada, mas com alguma dignidade, conferindo, por exemplo, doçura a uma subtrama romântica.


Sangrento e muitas vezes brutal, The Villainess é mais um orgulho do Cinema Sul-Coreano, deixando a desejar apenas ao surgir mais longo do que deveria, o que deixa exposta uma desagradável “barriga”.


NOTA 8



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