Oscar 2024 | Palpites para os Vencedores
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  • Foto do escritorGuilherme Cândido

Oscar 2024 | Palpites para os Vencedores




Saudações, leitores!

 

Mais uma temporada de premiações está chegando ao fim, o que significa que mais uma cerimônia de entrega do Oscar está se aproximando, encerrando uma jornada que começou logo após Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo ser anunciado como melhor filme pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no ano passado.


Contrariando as intenções sinalizadas na última década, dessa vez as produções “internacionais” (faladas em línguas não-inglesas) não ocuparam tanto espaço, apesar de continuarem marcando presença nas principais categorias, caso do longa-metragem francês Anatomia de Uma Queda e do britânico, mas rodado em alemão, Zona de Interesse, que além de concorrerem ao principal prêmio da noite, disputam a estatueta de Melhor Direção.


Aliás, esse foi um dos quesitos mais debatidos na manhã em que os indicados foram anunciados, pois ficou marcado por uma ausência que pegou muitos de surpresa, mas não eu. Verdade seja dita, eu apostei em Celine Song, de Vidas Passadas, mas foi Justine Triet, do já citado Anatomia de Uma Queda quem acabou ficando com a vaga de Greta Gerwig, diretora do fenômeno Barbie. O espanto foi generalizado, mas indicou algo que, particularmente, já era previsto, com o filme sobre a boneca obtendo um reconhecimento desproporcional àquele representado por sua bilionária bilheteria.


Se tratando de barbenheimer, enquanto Barbie foi o número um nas salas de cinema ao redor do mundo, tudo indica que a noite coroará Oppenheimer como o rei das premiações, saindo-se vencedor em múltiplas categorias, incluindo a principal da noite.


Mas sem mais delongas vamos às minhas previsões e escolhas para o Oscar 2024, lembrando que a cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal TNT e pelo streaming Max (ex-HBO Max) a partir das 20:00 (horário de Brasília) com o comediante Jimmy Kimmel fazendo as vezes de apresentador pela quarta vez (seu segundo ano consecutivo).

 

Observação: Palpites definidos por ordem de probabilidade (filmes em vermelho possuem crítica aqui no site, basta clicar no título para acessá-las).


MELHOR FILME



Apesar do impacto surpreendente, o fenômeno Barbenheimer, admito, não teria vez comigo. Gosto de ambos os filmes, mas não o bastante para indicá-los (eu teria optado por O Sabor da Vida e Monster), por outro lado, só considero estranha a presença de Maestro, pois ocupa um espaço que poderia ter sido destinado a obras melhores como, até mesmo, Homem-Aranha: Através do Aranhaverso. Dito isso, meu voto iria para Assassinos da Lua das Flores, não apenas o melhor entre os indicados, mas o melhor de 2023, ponto. Todavia, o grande favorito é mesmo Oppenheimer, vencedor dos principais precursores e que deverá passar o rodo nas estatuetas a não ser que Anatomia de Uma Queda, vencedor da Palma de Ouro (como Parasita em 2019) resolva se apresentar como a zebra da vez. Qualquer outro vencedor provocará um choque e tanto.


MELHOR DIREÇÃO



Indicado pela décima vez só nessa categoria, Martin Scorsese também se tornou o mais velho a receber essa honraria (81 anos), mas não deve quebrar o recorde de Clint Eastwood, que aos 74 anos ganhou o Oscar de Melhor Diretor por Menina de Ouro. Christopher Nolan foi premiado pelo Sindicato dos Diretores, cujos membros são maioria também por aqui. Se isso não for o suficiente para apontá-lo como favorito, basta observar que ele também venceu outros precursores. E se mesmo assim você não estiver convencido, lembre-se que ele concorre por Oppenheimer, o filme da noite. No entanto, não subestime o velho Marty e muito menos o impacto representado por uma quarta vitória feminina.


MELHOR ATRIZ



Uma das categorias mais disputadas da noite. Emma Stone e Lily Gladstone dividiram os principais prêmios da temporada, mas como o SAG (Sindicato dos Atores) optou pela última, a tendência é que o resultado se repita no domingo e também evitará que Assassinos da Lua das Flores seja o terceiro filme de Martin Scorsese a perder a estatueta em cada uma das 10 categorias as quais foi indicado (Gangues de Nova York e O Irlandês foram os outros). Há também uma razão histórica para apostar em Gladstone, que pode se tornar a primeira nativa americana a ganhar um Oscar. Se realmente vencer, é esperado que a atriz nascida na reserva indígena Blackfeet, no estado de Montana, faça parte de seu discurso na língua algonquiana. Mas não será uma surpresa caso Stone se torne a oitava atriz a ganhar dois Oscars de Melhor Atriz (ela venceu em 2017 por La La Land), pavimentando um futuro glorioso aos 35 anos. Honestamente, independentemente de quem vencer, o Oscar estará em ótimas mãos, pois admiro as cinco performances, mas para não ficar em cima do muro, votaria no tour de force repleto de nuances e sutilezas de Lily Gladstone.


MELHOR ATOR


  • Cillian Murphy (Oppenheimer)

  • Paul Giamatti (Os Rejeitados)

  • Bradley Cooper (Maestro)

  • Jeffrey Wright (Ficção Americana)

  • Colman Domingo (Rustin)


Até o SAG anunciar seus vencedores, tudo indicava que teríamos aqui o mesmo acirramento visto na categoria de Melhor Atriz, com o irlandês Cillian Murphy e o estadunidense Paul Giamatti, ambos indicados pela primeira vez, disputando cabeça a cabeça. Aliás, Giamatti, que finalmente encerrou uma longa tradição de esnobadas, era o favorito, mas a vitória de Murphy no SAG fez a balança do favoritismo pender ao seu favor. Os cinco jamais venceram, mas Colman Domingo é o único que não tem minha simpatia, pois, ao meu ver, não oferece uma das cinco melhores atuações do ano. Zac Efron (Garra de Ferro), Leonardo DiCaprio (Assassinos da Lua das Flores) e Kôji Yakusho (Dias Perfeitos) foram melhores que Domingo, mas acabaram de fora. Já que não posso votar em Yakusho, optaria por Bradley Cooper, mesmo assim, o vencedor (não sendo Colman Domingo) será justíssimo.


MELHOR ATRIZ COADJUVANTE



Uma das poucas categorias em que há um favorito absoluto. Da'Vine Joy Randolph ganhou, praticamente, todos os prêmios precursores e com justiça. Apesar de gostar das performances das outras quatro indicadas, também não vejo lógica de a estatueta ir parar nas mãos de qualquer atriz que não seja Randolph.


MELHOR ATOR COADJUVANTE



Além de ter vencido a maioria dos prêmios precursores (só não levou todos, porque Ryan Gosling chegou a abocanhar alguns), Robert Downey Jr. também é um titã da Indústria. Um veterano cuja carreira passou por algumas reviravoltas, algumas positivas e outras negativas, culminando em uma das mais espetaculares voltas por cima da história de Hollywood. Afinal de contas, Downey Jr. foi de promessa à desgraça em pouquíssimo tempo, não sabendo lidar com a fama e nem com a consciência de ser um dos mais talentosos intérpretes de sua geração. Desperdiçou vários anos sendo preso e perdendo uma longa batalha contra as drogas, até o diretor Jon Favreau resolver peitar a Disney e apostar em sua escalação como Homem de Ferro, mudando a vida de Downey Jr. e a indústria. Como não premiá-lo? Caso o "conjunto da obra" não prevaleça (e não considero a performance em Oppenheimer como a melhor de sua carreira), Ryan Gosling é quem está menos longe de surpreender, o que não me desagradaria. O canadense vem batendo na trave ao longo dos anos (é sua terceira indicação), mas se Ken não lhe render a honraria máxima do Cinema, ao menos já lhe colocou na História.


MELHOR ROTEIRO ORIGINAL



Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes e celebrado em outras tantas premiações, seria uma pena se o excelente Anatomia de Uma Queda terminasse a noite de domingo de mãos vazias e é nessa categoria que tem mais chances de ser reconhecido. Os Rejeitados, outro ótimo filme e que fez boa temporada corre por fora ao lado de Vidas Passadas, queridinho dos cinéfilos.


MELHOR ROTEIRO ADAPTADO



Outra categoria disputadíssima, afinal, são cinco grandes trabalhos e cada um com alguma razão especial para vencer. No entanto, a presença de Oppenheimer e Barbie bagunça as projeções. Enquanto o primeiro será o grande vencedor da noite (e portanto favorito natural também por aqui), é a chance que a Academia tem de acalmar as críticas recebidas por ter deixado Greta Gerwig de fora como diretora. Indicada ao lado do marido Noah Baumbach, Gerwig acumula sua quarta nomeação, que não veio por acaso. Dos cinco, meu favorito é o roteiro de Zona de Interesse, mas também gosto muito de Ficção Americana. Bom, qualquer resultado estará de bom tamanho.


MELHOR FILME INTERNACIONAL



Presente em outras 4 categorias (incluindo as duas mais importantes), Zona de Interesse é ainda mais favorito aqui do que Oppenheimer ao prêmio principal. Vencedor do Grande Prêmio do Júri em Cannes, o filme de Jonathan Glazer não deveria ser classificado como menos do que excepcional e seria também minha a minha escolha. Impulsionado por uma campanha ostensiva da Netflix, o mediano A Sociedade da Neve é o único com chances (ainda que remotas) de surpreender.


MELHOR ANIMAÇÃO (LONGA-METRAGEM)



Nimona, Meu Amigo Robô e o intruso Elementos (que nem deveria estar aqui) são meros figurantes nessa categoria, pois a disputa está apenas entre Homem-Aranha: Através do Aranhaverso e O Menino e a Garça. O primeiro é uma rara continuação que supera o original, que, aliás, venceu o Oscar em 2018. O segundo é, nada menos, do que o filme de despedida do lendário animador japonês Hayao Miyazaki. Ambos conquistaram vários prêmios, mas o mais importante (o Annie) foi para as mãos do super-herói aracnídeo, portanto, o provável vencedor. Eu também não teria dúvidas em escolhê-lo.


MELHOR ANIMAÇÃO (CURTA-METRAGEM)


  • War is Over!

  • Ninety-Five Senses

  • Letter to a Pig

  • Our Uniform

  • Pachyderme


Vencedor do Annie, respaldado por uma tecnologia de animação que inclui não apenas a WETA de Peter Jackson, mas também o motor gráfico Unreal Engine e ainda inspirado por uma canção de John Lennon e Yoko Ono, War is Over! é, infelizmente, uma das barbadas da noite. A açucarada e apelativa produção praticamente implora pelas lágrimas do público, percorrendo clichês e convenções enquanto isso. Meu voto iria para o criativo e impactante Ninety-Five Senses, escrito e dirigido pelo veterano Jared Hess (autor de comédias escrachadas como Napoleon Dynamite e Nacho Libre). No entanto, só ficaria frustrado com a vitória de War is Over mesmo.


MELHOR DOCUMENTÁRIO (LONGA-METRAGEM)


  • 20 Dias em Mariupol

  • As 4 Filhas de Olfa

  • A Memória Infinita

  • Matar Um Tigre

  • Bobi Wine: O Presidente do Povo


O principal candidato era Still: Ainda Sou Michael J. Fox, que além de ganhar o Critic's Choice Award, levava vantagem por ter como tema um ator mundialmente querido. Mas a produção curiosamente acabou esnobada pela Academia e deixou o caminho livre para 20 Dias em Mariupol, cujo favoritismo não se deve pelo fato de ter vencido 4 dos 5 principais precursores, mas sim por tratar da Guerra na Ucrânia, tópico extremamente relevante no momento. No entanto, não subestimemos Bobi Wine: O Presidente do Povo.


MELHOR DOCUMENTÁRIO (CURTA-METRAGEM)


  • A Última Loja de Consertos

  • Nai Nai & Wài Pó

  • The ABCs of Book Banning

  • The Barber of Little Rock

  • Island in Between


O lobby da Disney deverá falar mais alto a favor de A Última Loja de Consertos, que apesar de bem produzido e estruturado, segue caminhos convencionais e sentimentais para comover o espectador. Gosto igualmente de The ABCs of Book Banning (O Abecedário do Banimento de Livros, em tradução livre) e de The Barber of Little Rock (O Barbeiro de Little Rock), que conseguem impactar através de personagens e tópicos fortes, não precisando de artifícios para tal.


MELHOR MONTAGEM



Teoricamente uma categoria difícil de prever, visto que todos os indicados chegam perto da excelência. Meu voto iria para o trabalho da lendária Thelma Schoonmaker em Assassinos da Lua das Flores. A argelina, em contrapartida, não deve levar seu quarto Oscar para casa, pois dessa vez apenas corre por fora. O que torna tudo mais fácil, na prática, é que o vencedor de Melhor Montagem tende a ser o mesmo das principais categorias, o que conta muito a favor de Oppenheimer, que, como se não bastasse, ainda ganhou o prêmio do sindicato. Anatomia de Uma Queda vem logo atrás.


MELHOR FOTOGRAFIA



O suíço Hoyte van Hoytema já pode preparar o discurso, pois venceu absolutamente todos os prêmios precursores. É um favoritismo tão acentuado que, suspeito, deverá ser o segundo prêmio entregue no domingo (o primeiro geralmente vai para algum coadjuvante). Eu não ousaria votar em outro, apesar de gostar muito também da fotografia de Maestro.


MELHOR TRILHA SONORA



A trilha sonora costuma desempenhar uma função fundamental nos filmes de Christopher Nolan, dando espaço de sobra aos compositores, e o soberbo trabalho em Oppenheimer deve render ao sueco Ludwig Göransson seu segundo Oscar (já venceu por Pantera Negra). Prefiro, no entanto, as composições de Robbie Robertson (Assassinos da Lua das Flores), morto em agosto do ano passado após longa batalha contra o câncer de próstata. Destaque para a presença do gigantesco John Williams. Mais velho a disputar uma estatueta nessa edição (92 anos), o autor das melodias de clássicos como E.T., Superman, Tubarão, Star Wars, Jurassic Park e Harry Potter foi lembrado por mais uma composição da franquia Indiana Jones (só ficou de fora pelo quarto filme), representando sua 54ª indicação ao Oscar (Walt Disney ainda é o recordista, com 59).


MELHOR SOM



Seria normal esperar por mais uma vitória de Oppenheimer aqui, e quem assistiu ao filme em IMAX entende o que quero dizer, mas o que foi feito em Zona de Interesse merece não apenas a estatueta, mas uma honraria à parte. Infelizmente, o único que fez frente ao filme de Christopher Nolan entre os prêmios precursores foi Maestro, que corre por fora.


MELHOR CANÇÃO ORIGINAL


  • "What Was I Made For?" por Billie Eilish e Finneas O'Connell - Barbie

  • "I'm Just Ken" por Mark Ronson e Andrew Wyatt - Barbie

  • “Wahzhazhe (A Song for My People) - Assassinos da Lua das Flores

  • "The Fire Inside" por Diane Warren - Flamin' Hot: O Sabor que Mudou a História

  • "It Never Went Away" por Jon Batiste e Dan Wilson - American Symphony


Curiosamente, a disputa está entre Barbie e Ken. O sentimental tema da personagem-título larga na frente por ter vencido a maioria dos precursores, mas viu a balada romântica cantada por Ryan Gosling ganhar fôlego na reta final após vencer o Critic's Choice. "What Was I Made For?" tem ao seu favor (e também contra) a popstar Billie Eilish. A favor, porque é uma das maiores vozes de sua geração, fazendo sucesso com público e crítica (fez história no Grammy, vale lembrar) e a música funciona dentro do filme. Contra, porque Eilish, mesmo jovem, já venceu nessa categoria em 2022, será que a Academia confirmará seu status de fenômeno da Música, derrotando a veterana Diane Warren que, em sua 15ª indicação jamais venceu? Warren disputa a estatueta pelo tema do fraco Flamin' Hot: O Sabor que Mudou a História. Dito isso, prefiro "I'm Just Ken" e aguardo ansiosamente pela performance de Ryan Gosling ao vivo no domingo.


MELHOR FIGURINO



Absolutamente indefinida, trata-se da disputa mais acirrada da noite entre as categorias técnicas. Isso porque Barbie e Pobres Criaturas dividiram os prêmios precursores, embora em quesitos diferentes em boa parte deles. Filmes de época costumam levar vantagem aqui, o que seria um ponto positivo para a produção de Yorgos Lanthimos. Enquanto muitos esperavam um "embate" direto com Oppenheimer, Pobres Criaturas é quem será o principal rival de Barbie na noite de domingo. A depender do apelo junto aos votantes, é perfeitamente possível que um deles vença tudo e deixe o outro de mãos abanando, assim como uma nova divisão também não deve ser descartada. Por representar peça importante no arco da personagem de Emma Stone, tendo a apostar também em Pobres Criaturas.


MELHOR MAQUIAGEM E PENTEADO



Interessante como esse ano as categorias técnicas estão disputadas. Ou pelo menos por enquanto, já que a noite pode nos reservar uma lavada de Pobres Criaturas, segundo maior indicado dessa edição, com 11 nomeações. Aqui, porém, temos três trabalhos mais extravagantes através do, já citado, Pobres Criaturas, Golda e Maestro. As polêmicas envolvendo o nariz prostético de Bradley Cooper, que de fato distraem, podem ser um ponto negativo para a produção da Netflix, cujas melhores chances estão justamente aqui. Golda, por outro lado, só está presente nessa categoria e a maquiagem se sobrepõe à qualidade mediana do filme. Embora a disputa esteja entre Pobres Criaturas e Maestro, eu optaria pela sutileza de Oppenheimer. A opressiva campanha da Netflix por A Sociedade da Neve funcionou para arrumar uma vaga em Filme Internacional, então não devemos subestimar seu alcance também aqui.


MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO



Mais um confronto direto entre Barbie e Pobres Criaturas, mas aqui o filme sobre a boneca mais famosa do mundo leva vantagem. Primeiro por ser a sétima indicação da excepcional designer Sarah Greenwood, que jamais venceu. É uma boa oportunidade de premiá-la, ainda mais diante de um trabalho meticuloso na criação da Barbielândia. Dar vazão ao surrealismo pretendido por Yorgos Lanthimos também não parece ter sido tarefa fácil, o que torna a disputa mais interessante. Os precursores foram confusos e até Oppenheimer acabou tirando uma casquinha, então tudo é possível. Ainda acho que dará Barbie, que também teria meu voto, principalmente pela riqueza de detalhes e texturas.


MELHORES EFEITOS VISUAIS



Assim que saí da cabine de imprensa de Resistência, lembro de ter comentado com amigos que o Oscar de Melhores Efeitos Visuais já tinha dono e fui prontamente questionado a respeito de Oppenheimer. Pois bem, cá estamos, com o filme de Nolan de fora e Resistência tendo vencido o principal precursor. Em tese, ainda é possível que uma zebra entre em cena e será colossal e japonesa, pois o inesperado sucesso mundial de Godzilla: Minus One pode ressoar nos votantes de forma semelhante ao que aconteceu com RRR, vencedor de melhor Canção Original no ano passado.


MELHOR CURTA-METRAGEM (LIVE-ACTION)


  • A Incrível História de Henry Sugar

  • Red, White and Blue

  • Night of Fortune

  • E Depois?

  • Invencível

Com dois filmes na disputa, há um potencial alarmante para a Netflix sair de mãos vazias, ainda que A Incrível História de Henry Sugar chame atenção por trazer Wes Anderson de volta à boa forma (e estilo). Por incrível que pareça, o celebrado autor já foi indicado oito vezes e jamais venceu. É a chance de a Academia fazer uma reparação, mesmo que Anderson ainda tenha muitos anos pela frente para tentar a sorte nas categorias mais prestigiadas. Henry Sugar, por outro lado, é uma fábula estilizada e terá pela frente concorrentes de peso que trazem tópicos pungentes à tona, como Red, White and Blue (aborto), o outro netflixiano E Depois? e o sueco Night of Fortune (ambos sobre luto). Minhas fichas e meu voto vão para A Incrível História de Henry Sugar.


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